segunda-feira, 13 de julho de 2009

Loucura

É louco, muito louco, como tudo muda num segundo
como as possíveis respostas se tornaram perguntas
como as certezas se tornam dúvidas.

Não sei bem como tudo ocorre, sempre abro mão
e quase nunca me dão uma mão para abrir.

Não sei mesmo, queria que tudo mudasse.

Bom, termino sem respostas e acho que ficarei assim por muito tempo.

Ilegal

É louco, muito louco, como tudo muda num segundo
como as possíveis respostas se tornaram perguntas
como as certezas se tornam dúvidas.

Não sei bem como tudo ocorre, sempre abro mão
e quase nunca me dão uma mão para abrir.

Não sei mesmo, queria que tudo mudasse.

Bom, termino sem respostas e acho que ficarei assim por muito tempo.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Meu riso

É fácil me olhar de dentro pra fora,
e ver que você está comigo por toda parte, em tudo que eu sou.
Sempre vou te levar aonde quer que eu vá
Não sei,

é óbvio ver que se você não está comigo eu estou incompleta!


Você não faz parte da minha vida,
você faz parte do que eu sou.

terça-feira, 2 de junho de 2009

RESENHA SOBRE O DOCUMENTÁRIO "NASCIDOS EM BORDÉIS"

O documentário Nascidos em Bordéis, produzido no ano de 2004, com a direção de Zana Briski e Ross Kauffman, mostra a vida de crianças do bairro da Luz Vermelha, em Calcutá. O aparente crescimento da Índia nos últimos anos deixa de lado os menos favorecidos e no contexto do documentário, os menos favorecidos são os filhos de prostitutas do bairro mais pobre da cidade. Surge uma esperança quando as documentaristas Zana Briski e Ross Kauffman procuram essas crianças e munidas de câmeras fotográficas pedem para elas fazerem retratos de tudo que lhes chamarem a atenção e os resultados são emocionantes.

Tudo conspira para que essas crianças tenham uma droga de futuro. As meninas provavelmente também entrarão para a prostituição e os garotos terão de continuar a trabalhar em subempregos pelo resto de suas vidas. Briski dá a essas crianças muito mais que uma câmera fotográfica, elas ganham voz e esperança através da fotografia. E nós somos levados a enxergar o mundo pelos seus olhos e partilhar de suas vidas. Briski consegue um modo de melhorar as condições de vida dessas crianças, ela é movida por um sentimento de compaixão.

É interessante ver que essas crianças, mesmo sem nunca terem visto ou manuseado uma câmera, conseguem tocar e emocionar a gente com as suas fotografias. Muitas dilacerantes de tão tristes e por vezes carregadas de um otimismo que só as crianças têm. É muito gratificante ver que mesmo com as péssimas condições de vida elas se empenham e acreditam no que estão fazendo, a fotografia é um momento de lazer e felicidade, apesar de elas a levarem muito a sério, é uma forma de “esquecer” as precárias condições em que vivem.

Fazer com que essas crianças acreditem que a possibilidade de um futuro melhor existe, não é uma tarefa fácil, porque muitas já perderam as esperanças quanto a isso e até já se conformaram com a condição em que vivem. “Quando eu estou com uma câmera nas minhas mãos eu me sinto feliz. Eu sinto que estou aprendendo algo... Que eu posso ser alguém" (Suchitra). Fazer com que essas crianças se sintam felizes, mesmo que por algumas horas, é uma grande recompensa. Mesmo com toda a condição em que vivem elas conseguem transmitir alegria e otimismo.

Este é um documentário sobre o talento desperdiçado em meio à pobreza, sobre o poder da compaixão e da indiferença, sem dúvidas, um trabalho espetacular e que mereceu ser premiado com o Oscar. É um trabalho que deve ser imitado por pessoas que acreditam que a esperança existe, mesmo que todas as circunstâncias levem a crer o contrário.

domingo, 31 de maio de 2009

Resenha do filme "Uma onda no ar"

O filme trata da criação de uma rádio comunitária numa favela de Belo Horizonte, que inicialmente ia ao ar todos os dias na hora do programa “A voz do Brasil”, às 19:00hs. Seus idealizadores Jorge, Zequiel, Brau e Roque, desempenhavam um papel importante dentro e fora da favela. Reivindicavam mais verbas para a educação e o aumento do número de empregos, denunciavam a arbitrariedade da polícia etc. Era uma forma de luta contra o racismo e a exclusão social através da comunicação, e isso começou a incomodar as autoridades.

        Numa outra parte do filme, a Polícia Federal destrói todos os equipamentos de áudio e Jorge é levado preso duas vezes, tudo para impedir que a rádio fosse ao ar. Porém, os jovens não desistiam e prosseguiam na luta pela emissora comunitária que serviria de porta-voz da comunidade. Contaram também com a ajuda de uma jornalista que divulgava o trabalho da rádio no jornal em que prestava serviços.   

        Na atual realidade brasileira, os meios de comunicação estão concentrados nas mãos de quem detém o poder, que são uma minoria. E isso ocasiona o surgimento de meios alternativos e muitas vezes ilegais, como é o caso da rádio Favela, que dêem voz ao povo e que atendam suas necessidades. Toda a sociedade tem direito de expressar sua opinião e seus anseios, isso é democracia, e a legislação atual dessa forma não favorece o processo democrático.

        O filme nos passa inúmeras reflexões a respeito da exclusão social no país. O racismo, mascarado pela idéia de que no Brasil não existe preconceito racial e a própria condição de exclusão, da qual ainda partilha boa parte da população negra, foram alguns dos principais motivos que estimularam a iniciativa da criação da rádio. Uma onda no ar nos permite ainda a reflexão de que o preconceito racial gera uma situação de auto-preconceito, os negros sentem-se e são excluídos pela sociedade, o que acaba por gerar o preconceito entre eles mesmos. E isso é bem evidente no filme com passagens como “é só mais um preto falando”.

        

sábado, 23 de maio de 2009

Um bem

Sabe quando não se consegue descrever algo de tão bem que está?
Não sei se me fiz entender, mas é que na realidade nem eu mesma consigo entender,
é como se tudo deixasse de existir e você não desse a mínima, é como se a única coisa que importasse realmente estivesse com  você..e é aí onde tudo passa a ter sentido. Falar ou contar isso as pessoas? Não, elas não entenderiam..não entenderiam a pronfundidade do sentimento, não entenderiam que você precisa disso e que isso te faz realmente feliz, e se a felicidade não for o que buscamos na vida, eu vou continuar sem entender.

Sentimentos agora encontrados

Um beijo que me esquenta dos pés a cabeça
Um abraço que me faz sentir emoções únicas
Um corpo que se envolve com o meu como nenhum outro
Um sorriso que me deixa boba
Um olhar sincero e verdadeiro como o de uma criança
Um pensamento que é só meu e de mais ninguém
Uma alma que me faz levitar de tão leve que me sinto
Uma sorte, e que sorte em ter tudo isso pra mim
Um amor inefável e indescritível que veio pra ficar
Uma pessoa sem igual.